Um motociclista foi detido após agredir fisicamente o agente de trânsito Alberto Jansen, no último dia 20, na barreira do Detran/PA montada com o apoio da Polícia Militar na Avenida Pedro Miranda com a Avenida Doutor Freitas, bairro da Pedreira
Um motociclista foi detido após agredir fisicamente o agente de trânsito Alberto Jansen, no último dia 20, na barreira do Detran/PA montada com o apoio da Polícia Militar na Avenida Pedro Miranda com a Avenida Doutor Freitas, bairro da Pedreira, em Belém. O condutor Guilherme Félix da Silva Júnior, de 25 anos, desferiu chutes no agente que tinha anunciado a remoção da motocicleta Honda NXR 150, de cor preta e placas OFM-4153, porque o veículo transitava com a placa encoberta por um pedaço de PVC. Ele apresentado na Seccional Urbana da Pedreira, onde foi lavrado o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desobediência, desacato e vias de fato.
O agente de trânsito relatou que o motociclista desobedeceu a ordem para parar na barreira, mas foi pego na via, durante o sinal vermelho, logo adiante. "Ele viu que me aproximei e removi o PVC que cobria toda a placa. Ele encostou com a moto. Mas quando anunciei que o veículo seria apreendido, ele disse que ninguém ia levar a moto dele e chutou o meu joelho. Tentou me chutar outras vezes, mas os militares e os outros agentes se juntaram e não deixaram", relatou.
O condutor estava com a moto e a Carteira Nacional de Habilitação em situação regular, mas acabou tendo o veículo e a CNH apreendidos por ordem do delegado Fábio Veloso de Castro. Guilherme, porém vai responder em liberdade. Encobrir a placa é infração prevista no artigo 115 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O agente disse que foi a segunda vez na carreira dele no Detran que sofreu violência no exercício da função. Da primeira vez, ele foi ameaçado com arma de fogo por um condutor. Segundo o SINDTRAN, nos últimos doze meses foram registradas 16 agressões a agentes de trânsito no Pará. O vice-presidente do sindicato, Reyson Gibson, disse que a entidade tem acompanhado com preocupação a crescente ocorrência de casos de agressão a agentes de trânsito. "O SINDTRAN questionou o Detran, por ofício, sobre o valor arrecadado com a cobrança de multas de trânsito, desde o ano de 2010, e o montante que foi aplicado em sinalização, engenharia de tráfego e de campo, educação, policiamento e fiscalização, conforme determina o artigo 320 do CTB. Porém, o Detran enviou outro ofício afirmando que só responderá esses questionamentos na justiça, o que nos causou estranheza. É necessário que a fiscalização seja melhor aparelhada para cumprir a sua missão, de garantir o cumprimento do CTB, promover a segurança viária e preservar vidas no trânsito", alerta.